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Karyne Aparecida Mioduski

Karyne Aparecida Mioduski

 

   Professora  Karyne Aparecida Mioduski

" a minha forma de corroborar para o futuro é ensinar o que aprendi com os meus erros"

https://lattes.cnpq.br/1328728526730774


 

Educação Ambiental para uma sociedade sustentável: apropriando-se dos meios tecnológicos para interagir no aprendizado.

Karyne Aparecida Mioduski (PQ)¹,  Dr. Antonio Carlos de Francisco (PQ)² 

¹karynepg@hotmail.com. Universidade Tecnológica Federal do Paraná- Campus de Ponta Grossa. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia, Av. Monteiro Lobato, km 04 - Pitangui - 84.016-210.

² acfrancisco@utfpr.edu.br. Universidade Tecnológica Federal do Paraná- Campus de Ponta Grossa. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia, Av. Monteiro Lobato, km 04 - Pitangui - 84.016-210.

 

Palavras Chave: Educação Ambiental, internet, interdisciplinaridade

 

RESUMO:

O presente estudo busca melhorar o ambiente de aprendizado e oportunizar novas ferramentas para os professores e alunos, os quais buscam novos suportes educacionais como a internet, é neste processo que a construção das cartilhas virtuais como os blogs e sites gratuitos, vêm preencher uma lacuna no aprendizado de sala de aula, propondo interagir igualmente nas tecnologias objetivando a educação ambiental e a sustentabilidade. Desta forma a dinâmica entre os grupos (professores e alunos) ocorrerá em espaços não apenas materializados como a sala de aula e em alguns momentos pelas práticas ambientais, mas também no ambiente virtual. A internet é bem recebida pelos alunos e com o professor atuando e direcionando o conhecimento nestes espaços, a aproximação do real aprendizado fomentará a base de um conhecimento autônomo, expandindo-se para todos os usuários da internet os quais terão as mesmas oportunidades e acesso as estes materiais construídos pelos próprios professores.

 

INTRODUÇÃO:                                                                         

A educação busca sempre novas fontes de informações é com este perfil que as escolas veem sendo atualizado constantemente conforme a demanda das sociedades, do mercado e também nos últimos tempos pelas necessidades do meio ambiente.  E é na perspectiva da educação ambiental rumo à sociedade sustentável cultivado no ambiente escolar aliando-se as tecnologias que este estudo procura desmistificar conceitos desta temática e tratar das ações, projeções e resultados para capacitação de professores do curso técnico em meio ambiente, que pela sua abrangência profissional tem uma relação importantíssima com a educação ambiental e a sustentabilidade, como observamos nas citações a seguir:

A estrutura educacional e o modelo de oferta têm que ser construídos de forma bastante flexível para atender a diferentes situações no tempo e no espaço, considerando tanto as rápidas mudanças tecnológicas e as necessidades da vida cidadã como as tendências regionais e do mercado internacional (BERGER FILHO, 1999, p. 1)

(...) é na educação ambiental que os princípios fundamentais da sustentabilidade, da interdisciplinaridade e da complexidade confluem. Esses, por sua vez, são princípios norteadores que vêm ao encontro de uma necessidade de ruptura na forma de compreender o mundo (...) (MORALES, 2009, p. 55)      

É nesta perspectiva sobre as necessidades da escola, dos professores para com os alunos que surge a necessidade de dar suporte adequado e sustentável, para uma sociedade prospera e equilibrada, VANSCONCELLOS (2006, p.5) trás uma reflexão bem apropriada,

O ser humano é tarefa, é projeto. O nosso grande papel é este: apontar para um mundo novo — para nós mesmos e para nossos alunos—, afirmar a possibilidade de que o mundo pode ser mudado. Projeto significa à crença, a esperança, a confiança, de que as coisas podem ser diferentes do que vêm sendo.

 Como o autor destaca que o projeto é para o ser humano, e que como professores nosso papel é desenvolvê-lo, criar oportunidades para realizar novas tarefas, buscar atrativos em novos trabalhos, esta proposta apresentada aqui busca compreender, quantificar e produzir um material de apoio e talvez de incentivo ao sistema educacional.

 

UMA REFLEXÃO HISTORICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Quando ouvimos falar em Educação Ambiental pela primeira vez, parecia ser mais um modismo dentro da educação, como tantas que surgiram e logo caíram em desuso. Pouco se falava a respeito, as discussões ficavam apenas em torno da reciclagem, como se fosse à solução do problema causado por nós já há tanto tempo, contudo, com o passar dos anos vem surgindo mudanças no modo de pensar e agir das pessoas em relação ao meio ambiente, por intermédio de ações públicas e privadas, deixando-se de pensar em apenas reciclar, mas desenvolvendo o senso crítico a respeito do assunto.

Hoje, conscientes de que trabalhar as questões ambientais envolve um processo muito mais amplo, observamos que a preocupação com a Educação Ambiental já existe em vários setores da nossa sociedade, não somente nas escolas, mas também nas indústrias, comércios, setores e departamentos de órgãos públicos, e de formas diferentes, apesar de muito aquém do necessário ainda.

Para entender melhor como tudo começou, e as motivações que levaram ao início dessa discussão tão em voga resolvemos buscar através da história as suas raízes, e nos surpreendemos ao ver de quão longe vem vindo essa preocupação com o meio ambiente.

 

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Sabemos que ao se discutir sobre a educação ambiental, estamos tratando de apenas uma fatia do problema. Para facilitar a compreensão desta relação, ao trabalhar a questão ambiental podemos aplicar a política dos 5 Rs (Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Repensar e Recusar), dessa forma percebemos, que a educação ambiental é de fundamental importância na sociedade, sem ela não compreenderíamos o porque de reduzir o consumo, ou reutilizar os objetos, repensar valores ou até recusar um produto e ficaríamos presos a ideia de reciclar.

A disseminação da preocupação a respeito das questões ambientais teve início como o lançamento do livro ”O homem e a Natureza”, ou “Geografia Física Modificada pela Ação do Homem”, em 1864, de autoria do autor norte-americano Georges Perkins Marsh, que marca o surgimento da educação ambiental de forma bastante embrionária na segunda metade do século XIX, e somente cinco anos mais tarde surgia o vocábulo “ecologia” proposto por Ernest Haeckel para definir os estudos da relação entre as espécies e seu ambiente de acordo com ARAÚJO ( 2007, p. 6):

[...] em 1872, foi criado o primeiro parque nacional, “Yellowstone”, nos Estados Unidos da América, o primeiro do mundo. Em 1896, o Brasil, em sua fase republicana, cria o seu primeiro parque estadual, em São Paulo, denominado “Parque da Cidade”, os próximos foram, o “Parque Nacional de Itatiaia” em 1937, e o “Parque Nacional do Iguaçu” em 1939.

Em 1948, foi realizada a Conferência Internacional de Fontainbleau, na França, que deu origem, em 1951 a uma publicação organizada pela União Internacional para a Conservação da Natureza – UICN - intitulada “Estudo da Proteção da Natureza no Mundo”. Em 1972, em razão da Conferência de Estocolmo, a UICN se transformaria no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA. (ARAÙJO, 2007, p.6).

Após a publicação 1951, as discussões a respeito das questões ambientais se intensificaram e foram estimulados pelos grandes movimentos sociais, políticos e culturais que coincidiam com a emergência de processos de deterioração do meio ambiente, e o risco atômico – EUA X URSS, gerando controvérsias ao definir o surgimento do ambientalismo (CASCINO, 1999, p.34).

O movimento ambientalista surge então na década de 60, em meio aos grandes movimentos, como os Hippies (sexo, drogas e rock in roll), o feminismo e o uso da pílula, o Black Power, o pacifismo e as manifestações contra a Guerra Fria, o armamento nuclear e o Vietnã (CASCINO, 1999, p.34).

Segundo HOBSBAWN, tudo teve início com o surgimento da cidade moderna, ou seja, com a modernidade surgiu o modo de produção e a articulação do processo científico, o crescimento da indústria e da ampliação dos assentamentos humanos, ocasionando profundas mudanças sociais e econômicas para a época. A partir daí a natureza passou a ser vista como um lugar a ser conquistado, ganhando uma ressignificação perante a tecnologia, em busca do distanciamento das neuroses urbanas (HOBSBAWN, 1995, apud CASCINO, 1999, p.26).

A principal fase, que resultou de profundas modificações para a humanidade, é a fase que separa o final da Primeira Guerra Mundial (1918) do final da Segunda Guerra Mundial (1945), pois após as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, houve uma mudança de mentalidade, que foi estabelecida por todos em todos os territórios. “A Segunda Guerra Mundial transformou valores e atitudes no sentido do internacionalismo, o que, por sua vez, alterou radicalmente a agenda do ambientalismo (MCCORMICK, 1992, apud CASCINO,1999,P.26).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que evidencia a dimensão ambiental na educação escolar foi sancionada em 1996, e em decorrência dela, em 1997 são aprovados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) pelo MEC, que definem temas transversais a serem inseridos em todas as áreas de conhecimento no ensino fundamental. De acordo com os PCNs, em se tratando da transversalidade e interdisciplinaridade:

Ambas apontam à complexidade do real e a necessidade de se considerar a teia de relações entre os diferentes e contraditórios aspectos. Mas diferente uma da outra, uma vez que a interdisciplinaridade refere-se a uma abordagem epistemológica dos objetos do conhecimento, enquanto a transversalidade diz respeito principalmente à dimensão da didática (SEED-PR, 2008, apud BRASIL, 1998b, p.30).        

Em comemoração aos cinco a nos do Rio-92 e vinte anos de Tibilisi, ainda em 1997, foi realizada a Primeira Conferência de Educação Ambiental em Brasília, que resultou na “Declaração de Brasília”, com recomendações e ações relacionadas às temáticas: Educação Ambiental e as vertentes do Desenvolvimento Sustentável, Educação Ambiental formal, a Educação nos processos de Gestão Ambiental, a Educação Ambiental e as políticas públicas e a Educação Ambiental, ética e formação da cidadania, persistindo ainda a constatação de muitas carências no cenário do País.

O Plano Nacional de Educação (PNE), lei nº 10172/2001, reafirma no artigo 28, que a educação ambiental tratada como tema transversal, deverá ser desenvolvida como prática integrada, reforçando o currículo integrado.

Em 2002, há a regulamentação da Lei nº 9795/99 e do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental definindo as bases para a sua execução, porém explicitando a inconsistência da Educação Ambiental no ambiente político, dependendo dos interesses políticos partidários do nosso país. A inauguração da Comissão Intersetorial de Educação Ambiental (CISEA) no MMA em 2003, com representações de todas as secretarias atreladas ao MMA, surgiu com a finalidade de facilitar a transversalidade interna das ações em educação ambiental desenvolvida pelas secretarias e órgão vinculados.

No evento V Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, realizado em Goiás em 2004, foi norteado por três eixos temáticos: Política Nacional de Educação Ambiental, Formação do Educador Ambiental e Redes sociais e Educação Ambiental, todas com o enfoque e preocupação com a formação universitária do educador ambiental; afinal muitos dos educadores ambientais possuem apenas suas experiências, baseadas em uma formação prática – utilitarista desacompanhada de um suporte teórico, ou seja, a formação pela ação.

 

A INTERDISCIPLINARIDADE E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL RUMO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Tratar sobre interdisciplinaridade parece ser muito fácil, porém seu objetivo educacional é complexo, algumas vezes em nome da interdisciplinaridade muitas temáticas educacionais perdem seu foco e almejam além do horizonte, e assim comprometem o real aprendizado do aluno.

Sobre sustentabilidade o que se percebe é uma forte ideologia praticada pelos profissionais da área, porém pouco aliada à práxis do aluno. Fica mais claro quando objetivamos a educação ambiental, sendo que estas temáticas são aliadas e necessárias para promover uma sociedade sustentável. Segundo  PHILIPPI e PELICIONI  “A educação ambiental vai formar e preparar cidadão para a reflexão crítica e para uma ação social corretiva ou transformadora do sistema, de forma a tornar viável o desenvolvimento integral dos seres humanos (2005, p. 03)”.

Percebe-se que não há um perfil dos cursos técnicos para tratar desta temática, porém PHILIPPI e PELICIONI  explicam que “a educação ambiental prepara para o exercício da cidadania por meio da participação ativa individual e coletiva, considerando os processos socioeconômicos, políticos e culturais que a influenciam (2005, p. 06)”. Mas como conceituar a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável para que haja uma completa compreensão destas temáticas e efetivamente os professores possam contemplar esta interdisciplinaridade em suas práticas. O que se percebe é que se compara a temática sustentável como uma “palavra mágica ou fetiche” (DIEGUES), tanto no ambiente político-econômico quanto no educacional. Segundo MACEDO e LOPES (apud LIMA, 2002, p. 3) sobre os conteúdos de cada disciplina:

[...] a despeito das inúmeras tentativas de se produzir currículos interdisciplinares, os saberes escolares vem sendo historicamente transmitidos por meio de disciplinas, sendo difícil trabalhar fora desta matriz. Isso, porém, não impede que haja mecanismos de integração disciplinar, seja pela criação de disciplinas integradas ou pela articulação de disciplinas isoladas.

Existe uma concepção de fragmentar o conhecimento escolar, sem perceber que estamos negligenciando a prática do saber. Desta forma evitamos que o aluno contemple e compartilhe a interação entre as ciências que encontramos nas matrizes curriculares. Neste mesmo perfil de analise FREIRE sugeri que “Por que não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina.” (1996, p. 30).

Fomentar a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável entre as disciplinas nos cursos técnicos em meio ambiente ou em qualquer outra modalidade de ensino, vai corroborar para a construção desta sociedade sustentável e comprometida com a educação ambiental. O que não se pode é admitir segundo FREIRE “dirá um educador reacionariamente pragmático, a escola não tem nada que ver com isso (...). Ela tem que ensinar os conteúdos, transferi-los aos alunos” (1996, p. 30).

É importante a discussão de assuntos ligados ao meio ambiente e a formação de uma sociedade sustentável que muitas vezes tem-se deixado de lado devido a esta falta de tempo, pois há um tempo para cumprir com todo conteúdo especifico de cada disciplina, sendo muitas vezes os assuntos referentes a impactos ambientais “atropelados” no meio do ano, o que dificulta a aprendizagem o qual está totalmente ligada ao futuro profissional colocado no mercado de trabalho. Segundo JACOBI (2002, p. 196) a respeito de desenvolvimento sustentável:

A sustentabilidade como novo critério básico e integrador precisa estimular permanentemente as responsabilidades éticas, na medida em que a ênfase nos aspectos extra-econômicos serve para reconsiderar os aspectos relacionados com a eqüidade, a justiça social e a própria ética dos seres vivos.

    No perfil da escola hoje como ambiente formador do cidadão, e repleto de necessidades urgentes que atendam as demandas sociais, econômicas e ambientais, o professor é segundo CASTRO com o papel que “vai além da transmissão dos conteúdos pura e simplesmente” (2009, p. 15). Desta forma muito docentes sentem-se com uma sobrecarga e enfrentam dificuldades maiores quando se envolvem em projetos que atendam demandas maiores das que suas disciplinas exigiam. Ainda neste pensamento CASTRO desperta a real tarefa para estes docentes “cabe a ele despertar nos alunos a capacidade de produção subjetiva, para que possam se sentir pertencentes à humanidade, em busca da igualdade real em uma sociedade fundamentalmente desigual e excludente”. (2009, p. 15). A escola com seus educadores estão passando por um processo de chamada para trabalhos envolvendo várias temáticas de ordem social, ambiental e cultural. Sendo a primeira tarefa a se rever a forma fragmentada do conhecimento dada pelas disciplinas.

Adotar novas posturas didáticas pedagógicas é um dos caminhos adotados por alguns educadores, os quais buscam interagir de uma forma mais eficiente mediando o cotidiano de sala de aula com as tecnologias oferecendo nestas o conhecimento mais autônomo e atraente aos estudantes.

 

AS TECNOLOGIAS ADAPTADAS PARA O APRENDIZADO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE

O interesse na educação ambiental para o desenvolvimento sustentável é bastante presente nas escolas, porém desenvolver um material interdisciplinar tanto para os docentes quanto para estudantes e ainda propondo atingir a outras pessoas utilizando-se dos recursos tecnológicos como os “blogs”, por exemplo, é algo que instiga pesquisadores como afirma CORRÊA, ECHEVERRIA E OLIVEIRA (2006, p 15) “Dentre as dificuldades a falta de apoio e de material”.

 É nesta perspectiva que a produção de um conteúdo que atenda as necessidades destas temáticas de uma forma interdisciplinar e não apenas transversal para um público diversificado, possibilitando suporte pedagógico aos professores além de ser um material dinâmico, prático e autossuficiente para a consulta de qualquer cidadão que disponha da internet, apresenta-se hoje como uma necessidade emergencial. Prevista desde 1985 pelo MEC a inclusão da temática Educação Ambiental vem caminhando lentamente para sua prática efetiva dentro da sala de aula.

A internet oferece algumas ferramentas as quais o professor deve apropriar-se e construir nela mais um mecanismo para a construção do aprendizado. Utilizando-se como exemplo a Figura 1, é uma forma de organizar conhecimento de diferentes temáticas, apropriando-se de ferramentas já disponíveis pela internet, mediando o aprendizado e objetivando a autonomia aos que consultam estas cartilhas virtuais como o “blog”.

                       

Figura 1: – Cartilha virtual  “blog”

 Fonte: Mioduski, Karyne AP. https://karynepg.blogspot.com

Sendo a proposta desta cartilha virtual um material de apoio aos professores e de autonomia para os alunos, conforme as necessidades do grupo em sala ou em outra atividade extraclasse, este material servirá como uma referencia com textos, notícias, mapas online, fotos, atividades específicas e também como metas de projetos que envolvam não apenas professores e alunos, mas a comunidade local. Oportunizando assim um meio de construção do aprendizado mais dinâmico, moderno e também virtual. Uma reflexão bastante interessante sobre as tecnologias e o aprendizado é feito por KENSKI, “as velozes transformações tecnológicas da atualidade impõem novos ritmos e dimensões à tarefa de ensinar e aprender (1997, p. 3).”

A autora também cita PIERRE LÉVY para sustentar que o conhecimento ocorre em três formas distintas “a oral, a escrita e a digital” e que mesmo elas não pertencendo à mesma época, a sociedade atual interage com as três simultaneamente e cada uma delas permite analises e ações diferentes nos resultados do aprendizado.

 O que se observa não é a falta de informação sobre a temática em questão, e sim como esta informação esta sendo apresentada, a necessidade de “informar para formar o cidadão” é pouco praticado pelos meios de comunicação usais aos estudantes e a conexão entre estes meios tecnológicos comuns a eles não estão presentes na maioria das vezes aos professores, é nesta perspectiva que a cartilha virtual oferece informação e procura um vínculo para ambos, docente e discente. Para PIECKOCH e HAGEMEYER “O que se busca, é que a Educação Ambiental se concretize mediante construções singulares de aprendizagem, garantindo o significado e a qualidade das experiências proporcionadas’ (2008 p 43). Apresentar-se como professor assíduo dos meios tecnológicos os quais são sedutores aos jovens, utilizando-se neste caso da internet como mais um meio de formalizar o aprendizado e fortalecer o ensino, pode trazer ótimos resultados do ambiente virtual para o tradicional da sala de aula.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entendo a educação e as tecnologias como suportes fundamentais para a formação do cidadão, e a educação ambiental como uma urgência para encontrarmos o caminho da sociedade sustentável, o mais correto é torná-lo intrínseco a sociedade em um projeto interdisciplinar na escolar e fomentar na comunidade o hábito de pequenas mudanças de comportamento os quais permitiram a transição de uma sociedade predatória para uma sociedade comprometida com a educação ambiental e por uma sociedade sustentável.

É fato que os produtos da tecnologia como a internet, a música, a tv e outros, para serem bem aproveitados necessitam de um conhecimento prévio ao que irá se tratar, e cabe ao professor fazer esse papel, o de dar suporte aos seus alunos para que eles possam tirar o melhor proveito destes produtos tecnológicos. Pois de outra forma esses produtos estão apenas ampliando o legado de alienados da sociedade.

Trabalhar a educação ambiental interdisciplinarmente, e apropriando-se das tecnologias é bem recebido pelos alunos, porém ainda nos encontramos com diferentes perfis de alunos, escolas e comunidades, sendo alguns favorecidos com as tecnologias e outros ainda muito distantes da inclusão digital.

A produção de materiais compromissados e acessíveis também é uma das dificuldades para trabalhar a educação ambiental em todas as esferas, sendo um agravante para este processo o domínio das tecnologias pelos educadores. Sendo este o principal foco motivador deste trabalho, a produção de material e a apropriação das tecnologias aos docentes de forma interdisciplinar, comprometida e eficiente.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, Thiago Cássio d’Ávila. Principais marcos históricos mundiais da educação ambiental. Disponível em: https://khronopediaje.incubadora.fapesp.brl

BERGER, R. L. FILHO: Educação profissional no Brasil: novos rumos OEI - Ediciones - Revista Iberoamericana de Educación - Número 20. Agosto de 1999. Disponível em www.rieoei.org/rie20a03.htm, acessado em 04/03/11.

CASCINO, Fábio. Educação Ambiental: princípios, história e formação de professores. São Paulo: SENAC, 1999.

CORRÊA, S. A; ECHEVERRIA, A. R; OLIVEIRA, S. de F.: A INSERÇÃO DOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCN) NAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DO ESTADO DE GOIÁS – BRASIL: a abordagem dos temas transversais - com ênfase no tema meio ambiente; Rev. eletrônica Mestre. Educ. Ambiental. ISSN 1517-1256, v.17, julho a dezembro de 2006.

DIEGUES, Antonio. C.  Desenvolvimento sustentável ou sociedades sustentáveis: da crítica dos modelos aos novos paradigmas  In: São Paulo em perspectiva, jan -jun. 1992., 6 (1-2) :    22-29 p.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

JACOBI, P. Educação ambiental, Cidadania e sustentabilidade. São Paulo, 2002.

KRAEMER, P. M. E.; A universidade do século XXI rumo ao desenvolvimento sustentável. Disponível em : www.gestaoambiental.com.br/recebidos, acessado 23/10/09.

KENSKI, V. M.:  Novas tecnologias: o redimensionamento do espaço e do tempo e os impactos no trabalho docente. Revista Brasileira de Educação (Trabalho apresentado na XX Reunião Anual da ANPEd), 1997. Disponível em: www.educa.fcc.org.br/pdf/rbedu/n08/n08a06.pdf, acessado 27/07/11

LIMA, M.J.G.S.  Reflexões sobre a prática interdisciplinar da educação ambiental no contexto escolar. UFRJ, GT: Educação Ambiental n. 22

MEC, Implantação da Educação Ambiental no Brasil, 1998.

MORALES, Angélica Góis; A formação do profissional educador ambiental: reflexões, possibilidades e constatações. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 2009

PHILIPPI, JR. A., PELICIONI, F.C.M, Educação Ambiental e sustentabilidade. Barueri, SP: Manole, 2005 Coleção Ambiental 3, pg 03-12.SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – PR. Cadernos temáticos da diversidade: educação ambiental. Curitiba: SEED-PR, 2008.

ROCHA L. R. C. da, Sustentabilidade XXI: Educar e inovar sob uma nova consciência.  São Paulo: Editora Gente, 2009.